sábado, 26 de novembro de 2011

Presentes de Natal: como comprar?

Olá meninas :)

Com o Natal à porta voltamos àquela mesma questão, que se repete todos os anos (e que é como o aumento do IVA, não falha xD  ): o que vou oferecer de presentes este ano?

Pois é: eis que me revejo novamente nesta situação, que em ano de crise se complica ainda mais!

Ainda assim, ano de crise não significa necessariamente uma árvore de natal vazia; significa apenas que podemos ser mais criativos! Afinal, poupar não é deixar de gastar dinheiro, é apenas gastar mais conscientemente.

Cá vão algumas sugestões para gerir o orçamento neste natal.

1. Oferecer presentes home-made: Bem sei que esta sugestão é a mais repetida e a primeira a ser pensada pela maioria das pessoas quando pensam em poupar dinheiro. Embora tenha sempre associada a ideia de "Presente-pobre", esta ideia é, na minha opinião, totalmente errada.
Vejamos um exemplo: qual é a diferença entre oferecer um cachecol comprado numa loja e um cachecol feito em casa?
De facto, oferecer o cachecol feito em casa, além de ser uma óptima forma de poupar algum dinheiro, dá-nos a oportunidade de personalizarmos o presente, de forma a que este se adapte totalmente à personalidade da pessoa que o vai receber e ainda aprendemos um novo ofício!



2. Concurso - presentes a x euros: Muito bem, esta sugestão resulta melhor se aplicada num grupo de amigos durante uma troca de prendas. Que tal se todos os presentes trocados tiverem de custar x euros (por exemplo, 2 euros)? Além de original, vai fazer com que todas as pessoas se esforcem por comprar o melhor presente possível a um determinado preço, estimulando o espírito competitivo. No final, todos estarão bastante orgulhosos da sua aquisição, e curiosos por saberem o que os restantes conseguiram comprar.




3. Comprar com antecedência: Se forem como eu, também já devem ter passado pela situação de terem que fazer compras de Natal de urgência. Seja qual for a razão, sabem tão bem como eu que, com a pressa, muitas vezes nem compramos o que queremos, nem ao melhor preço. Por isso, devemos antecipar qualquer presente a oferecer, comprar melhor, mais cedo, e se possível, ao melhor preço, aproveitando as promoções (se houverem). O mesmo princípio se aplica a presentes pós-Natal.



4. Preferir a qualidade à marca: Esta até a mim me vai custar, este Natal. A verdade é que nem sempre o preço corresponde à qualidade e por isso, se encontrarem alguma coisa a um preço mais em conta e com semelhante qualidade, aproveitem e comprem. Acreditem, não é ser pobre, é saber fazer compras inteligentes!



5. Feiras de artesanato: As feiras de artesanato são óptimos sítios para ir em busca de presentes. Uma vez que muitas coisas são feitas à mão, ou pelo menos não estão à venda nas lojas, podemos ter a certeza que o que vamos oferecer será algo que o nosso amigo não tem.



6. Procurar, procurar, procurar: Sim, para se comprar presentes para todos e ainda se conseguir poupar não basta entrar só numa loja (peço perdão a todos os amigos, namorados, maridos, pais, etc.., que terão que ficar sentados no exterior da loja), há-que entrar em muitas! Isso não significa comprar uma coisa em cada uma delas, não; significa sim comparar preços e artigos, até se encontrar um que satisfaça o gosto do receptor do presente, o nosso e o da nossa carteira. Por isso, toca a vasculhar bem esses cabides!






7. Pagar a dinheiro: Outro truque que já não é novo. Todos sabemos que o impacto psicológico de comprar a dinheiro é bem diferente do quase inexistente impacto psicológico de pagar com multibanco ou a crédito. Há-que evitar também o crédito a todo o custo: se não tem dinheiro, não compre e pronto! No final, a conta a pagar será bem maior que o valor que gastou no presente.



Pois bem... estas foram as sugestões de que me consegui lembrar. Conhecem mais algumas??
Não se esqueçam, o Natal é para se estar com a família e com os amigos, não com um super portátil, ou o mais novíssimo gadget da marca x ou y.







Boas comprinhas de Natal, meninas :)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Free by Freeport - voucher

Meninas...  acabei de ganhar um voucher com 38 promoções para ser usado até ao fim do mês no Freeport através do facebook.

Alguém aqui também participou? 


Vânia   :)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Post sobre a moda na década de 60

Meninas, eu sei que vos prometi, aqui à uns mesitos, escrever um post sobre a moda no séc. XX e sei também que não tenho cumprido.  Até à data, os posts sobre a história da moda são os que têm mais visualizações aqui no blogue e, por essa razão, vou tentar ter o próximo artigo concluído o mais depressa possível.

Se alguém tiver algum comentário ou sugestão, já sabem que podem deixar aqui escrito, que eu irei ler e responder o mais depressa possível.


A faculdade é tramada...!

Já não passava aqui pelo Canto há quase um mês..!

Mas hoje, independentemente de trabalhos, frequências e cansaço, venho aqui hoje desejar-vos um assustador Dia das Bruxas!

E já agora, costumam festejar o Halloween? Que memórias têm da vossa infância?


Até à próxima, meninas  :)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Moda Lisboa

Olá meninas.

Passei pelo blogue para falar deste grande evento de moda que se realiza nos próximos dias na nossa bela cidade de Lisboa - a ModaLisboa Transfusion.
A ModaLisboa vai decorrer entre 6 e 9 de Outubro de 2011, em dois locais: (1) Terreiro do Paço. Pátio da Galé e (2) Paços do Concelho. Praça do Município; e vai contar com a presença (entre outros) de Maria Gambina; Luis Buchinho, Ana Salazar, Nuno Gama e da marca ADIDAS. Deixo-vos aqui o Calendário dos desfiles como incentivo para darem lá um saltinho.

Embora com muito trabalho da faculdade, vou tentar ir até lá. Se for, publicarei as fotos aqui no blogue para todas vocês poderem ver.

Para mais informações, sugiro que visitem o site da ModaLisboa.



Até lá, muitos beijinhos :)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Twitter

Acabei de criar uma conta do blogue no twitter, mas não percebo NADINHA daquilo..   Ajuda precisa-se.

Jewelry Bar - Sorteio no Esta Flor

Olá meninas   :)

O blogue Esta Flor, que sigo regularmente, está a sortear um par de brincos em forma de estrela, da loja Jewelry Bar e são lindosss!

Para participarem, basta consultarem as instruções no blogue da Flor. É bastante simples, e só têm a oportunidade de os ganharem, se participarem. Aqui a Vânia já tentou a sua sorte !

Este é o link directo para o post do sorteio --> http://www.estaflor.com/2011/09/review-e-sorteio-jewelry-bar.html

Boa sorte  :):) 

Só para vos ajudar a decidir se devem participar ou não, aqui vos deixo a foto dos brincos.  Beijinhos!


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

10 coisas de que não gosto

Boas :)

A Flor, do blogue Esta Flor deixou-me esta TAG. Basicamente, tenho que deixar uma lista com imagens de 10 coisas de que não gosto. Aqui vão!

1. Roedores - como vou lidar com eles na faculdade, isso permanece ainda um mistério!


2. Assobios e piropos - A sério, rapazes, isso não resulta bem com as raparigas; que tal desistirem e chamarem a nossa atenção de uma forma mais positiva?


3. Arrogância - durante a vida precisamos de amor e amizade... então porquê ter atitudes que nos afastem dos outros, ao invés de nos aproximarem??


4. Salmão - embora seja um peixe bastante saudável, simplesmente não gosto do sabor...


5. Trânsito - quem é que não odeia trânsito? Para quem, como eu, estuda (ou trabalha) em Lisboa não era bom esquecer que tal coisa existe?


6. Buzinadelas - esta ainda está relacionada com o ponto número 5; sim, é verdade que às vezes é necessário buzinar, mas quando passa a ser só mesquinhez abstenham-se por favor, não resolve nada e só irrita!


7. Sms's monossilábicas - odeio que, quando envio grandes mensagens, me respondam apenas com "LOL" ou "pois..".


8. Má-educação - a falta de educação fica sempre mal, quer sejamos jovens ou mais idosos; o respeito e intemporal e não conhece idades ou estrato social.


9. Perfumarias ambulantes - uma pessoa que cheira bem atrai outros à sua volta, mas não se pode exagerar, ou o efeito será o oposto do pretendido.


10. Finalmente, a coisa de que eu menos gosto: Pessoas que não largam o telemóvel enquanto falam connosco - sem querer tirar importância ao que determinada pessoa está a fazer ao telemóvel, eu acho que o contacto visual é importante no decorrer de uma conversa.





E aqui está!  Como ainda tenho poucos seguidores, vou passar a todas as bloggers que me seguem.

Até à próxima :)

How I Met Your Mother

Temos fãs da série aqui no blogue??

Agora que a sétima temporada começou, as terças-feiras voltaram a ganhar um brilho especial :)  Adoro!


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Serei só eu...

... ou vocês também se assustam quando descobrem que a vossa mãe já tem planos para vocês para a semana toda, sem saberem?

domingo, 4 de setembro de 2011

A moda na década de 1950

A década de 50 foi palco de grandes avanços tecnológicos, científicos e mudanças comportamentais e culturais um pouco por todo o mundo. Deu-se o ínicio das transmissões televisivas, a cadela Laika foi o primeiro ser vivo colocado em órbita, Isabel II torna-se rainha, os conflitos entre os Estados Unidos e a União Soviética ganham mais força, culminando na Guerra Fria, e Fidel Castro sobe ao poder, após a Revolução Cubana.

O som do Rock n'Roll ao estilo de Elvis Presley e as imagens rebeldes e irreverentes de James Dean e Marlon Brando influenciaram as gerações mais jovens e Marilyn Monroe ganhava fama no cinema com o filme “Os Homens Preferem as Loiras”; juntos marcaram a década que seria conhecia como a dos "anos de ouro".
  James Dean

 Elvis Presley

 Marilyn Monroe       

Além de tudo isto, esta foi uma década de ouro também para a moda. Conhecida como "a época da feminilidade", foi com o fim do racionamento de tecidos que se deu uma mudança radical na moda feminina. Em Paris, a atmosfera era de sofisticação e glamour: as peles, a caxemira, os sapatos de salto, as luvas, o mohair e as jóias eram itens luxuosos muito valorizados e os vestidos fabricados com vários metros de tecido - amplos - e da altura dos tornozelos (por influencia do "New Look" de Dior). A silhueta muito feminina e jovial e a cintura bem marcada foram parte importante da maioria das criações dessa década.
Foi durante os anos 50 que os jovens rejeitaram as roupas feitas pelas suas mães em preferência da sua própria vontade.
Vestidos e sapatos de estilo icónico dos anos 50

Recorte de publicação da época

Vestido anos 50

O bikini surgiu nesta época e, embora bem maior que os bikinis da actualidade, este foi também alvo de preconceito devido à grande exposição do corpo feminino. No entanto, e à semelhança do uso de calças pelas mulheres, também o uso do bikini se popularizou e os preconceitos depressa foram esquecidos.

  O bikini

As mulheres eram muito vaidosas. E essa vaidade reflectia-se não só nas roupas, como também na maquilhagem. A maquilhagem na época procurava evidenciar os olhos; para isso usava-se muito delineador e rímel. Os lábios eram pintados com batom vermelho, na cara era usado pó-de-arroz, que conferia uma tez pálida à pele e as sobrancelhas tornaram-se mais escuras e arqueada.

O look Beatnik
Os beatniks surgiram depois da grande depressão, quando surgia uma sociedade burguesa conformada, submissa e zelosa dos seus valores, detentora de um optimismo que se estruturava somente nos bens materiais proporcionados pelo renascimento da economia. Os Beatniks propunham novos valores e um estilo de vida mais autêntico, ou seja, defendiam uma mentalidade anti-materialista. As três figuras mais importantes dessa geração são Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burrougts.

O visual luxuoso dos anos anteriores foi substituído por um look de "estudante de arte", que se assumia anti-luxuoso. O Sportswear oriundo da América popularizou-se nas gerações mais jovens, que usavam calças cigarettes até aos tornozelos, sapatos baixos e jeans. O aparecimento das calças femininas levou a que as jovens que as usavam fossem alvo de críticas pelos mais velhos, que viam as calças como vestuário de homem. Ainda assim, a calça veio para ficar, sendo conjugada com sapatos baixos e camisolas.
O visual Beatnik era um movimento rebelde que se caracterizava pelo uso de roupas de cor preta ou em tons monocromáticos, que marcavam oposição à estilo super feminino que marcava a moda da época. As mulheres Beatnik usavam calças e saias-lápis justas e camisolas de gola alta. As jóias vistosas eram rejeitadas, a maquilhagem dos olhos era forte e em preto e nos lábios o tom vermelho forte.

Look Beatnik, nos anos 50

A indústria de prêt-à-porter torna-se mais forte. Embora os estilistas franceses continuem a criar e a tentar manter a supremacia, a moda nas ruas, fora de Paris, era já totalmente diferente. Por essa razão, peças como como o cardigan justo debruçado, a camisa Chanel  em estilo masculino com botões e coletes em forma de cardigans, precursores da moda unissexo, foram criadas por estilistas que queriam acompanhar a nova moda popular.

Próximo artigo: A moda na década de 60. Não percam!

domingo, 28 de agosto de 2011

Queridos leitores...

Neste últimos dias, tenho notado que o "Canto da Vânia" tem tido muitas visualizações, não só por parte do público português, mas também por inúmeros leitores brasileiros, nomeadamente, nos artigos sobre a história da moda. Quero assim agradecer, do fundo do coração, pela preferência e pela atenção dada a este meu recente projecto, por todos os que aqui passam quer em busca de informações ou até por curiosidade.

Para os que gostam dos meus artigos sobre história da moda, quero informar que o novo post sobre os anos 50 está quase pronto e que se quiserem que eu trate ou foque algum assunto em especial, podem sempre contactar-me com o vosso pedido.

Em breve, o blogue irá ter um novo layout, que nunca seria possível sem a ajuda da minha amiga Cátia :)  Espero que gostem, afinal é tudo para vocês.

Espero poder continuar a contar com a vossa presença aqui.
Até uma próxima,
Vânia     :)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A moda na década de 1940

Nesta década, dá-se o apogeu seguido do fim da Segunda Guerra Mundial, ocorre o lançamento da bomba atómica em Nagasaki, Gandhi é assasinado por um extremista hindu e é aprovada, em 1948, a Declaração dos Direitos Humanos pela ONU.

Depois da queda de Paris sob mãos alemãs, as regras de racionamento restringiam a quantidade de tecidos que se podiam comprar e usar no fabrico de roupas, pelo que, além da "reciclagem" de peças de vestuário, também o uso de materiais alternativos (a viscose e as fibras sintéticas) permitiram o salvamento da moda, durante os anos de guerra.
Com o encerramento de muitas casas de moda francesas, e depois da tentativa frustrada do regime nazi em tornar cidades como Viena capitais da moda, a moda passou a reflectir influências vindas da América. Da mesma forma como tinha sucedido durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres eram obrigadas a trabalhar; como tal, as roupas tinham carácter utilitário e eram inspiradas nas fardas militares. Com restrições a nível da quantidade de tecido usado, presença de ornamentos nas peças de vestuário e mão-de-obra usada, as roupas eram muitas vezes feitas em casa.
 Mulheres usando roupas populares em tempo de guerra, que permitiam o uso da bicicleta.

O look icónico da época é sem dúvida o conjunto saia/casaco, além da saia-calça, que realçavam o busto e a cintura.
Nesta década, a tendência ditava o uso de cinturas finas, saias com pregas finas, presas por penses, blusas justas, chapéus (por vezes substituídos por turbantes) e luvas; as saias tinhas pormenores como um bolso falso, que lhes conferia maior volume. A forma dos ombros era quadrada e as calças compridas, ambos de corte masculino, lembrava as fardas militares. As saias voltaram a encurtar e vestidos que imitavam conjuntos de saia e casaquinhos abotoados popularizaram-se; os sapatos tinham aspecto pesado e masculinizado e de couro brilhante: incluíam o modelo plataforma (mais usado por se desperdiçar menos material) e as socas de madeira (estas últimas foram bastante usadas por Carmen Miranda). Com o preço da seda a aumentar, os collants foram substituídos por meias tipo soquete. As malas à tiracolo eram também muito usadas pelas mulheres.

 Look icónico da década de 40 - o conjunto saia/casaco
 
 Look anos 40, com especial atenção para o casaco estilo militar e o uso de socas

 Carmen Miranda, um ícone da época
Devido à falta de cabeleireiros, os cabelos passaram a ser usados mais longos, presos por grampos ou modelando-os em cachos. O lenço, usado no cabelo, tornou-se bastante popular nos tempos de guerra.


 
Exemplos de penteados usados na época

Com o fim da Guerra, a moda apresentava agora uma tendência para o luxo e para a nostalgia. O corte masculino foi abandonado e substituído por um visual que valorizava as formas femininas.
Com o objectivo de ressuscitar a alta-costura, em 1947, Dior lançou a sua colecção intitulada "New Look", que marcava uma forte oposição ao modo de vestir dos anos de guerra. As saias eram agora amplas de cintura fina, as blusas eram estruturadas (os ombros e os seios adquiriam formas naturais) e usavam-se sapatos altos, luvas e chapéus grandes. Um vestido chegava a gastar 25 metros de tecido, e as curvas femininas eram exageradas. Foi um visual que gerou alguma controvérsia na época, devido ao uso de roupas íntimas com barbatanas e tecidos engomados que acescentavam volume à silhueta.


Silhueta característica do "New Look" de Dior

Modelo "New Look", anos 40/50
Foi ainda no final desta década que o prêt-a-porter, trazido dos Estados Unidos, começava a competir no mercado com a alta-costura. No final da Guerra surgiam então as bases de uma alta-costura independente e de uma indústria de moda em prêt-a-porter direccionado para as massas.


Próximo artigo: a Moda da década de 1950 - a época de feminilidade. Não percam!

domingo, 21 de agosto de 2011

A moda na década de 1930

Pois é, hoje vou falar-vos um pouco da moda que caracterizou a década de 30.
Os anos 30 foram palco de diversos acontecimentos, entre eles: a guerra civil espanhola, a subida de Hitler ao poder e o início da Segunda Guerra Mundial, e o "New Deal", proposto pelo Presidente norte-americano Roosevelt como forma de recuperar da crise iniciada em 1929.

Nesta década, a moda reflectiu as dificuldades passadas um pouco por todo o mundo, e revelou-se menos ousada, mas com elegância. Acompanhando a tendência do final dos anos 20, as saias tornaram-se mais compridas e a cintura voltou ao seu lugar original; voltaram as mangas compridas; os cabelos passaram a usar-se mais compridos e o pequeno chapéu Cloche entrou em desuso.
As características principais do vestuário desta época eram os ombros largos e as ancas estreitas, mas sem a rigidez mais comum em épocas anteriores. As roupas acentuavam as costas, através de decotes profundos em vestidos de noite. Os vestidos tornaram-se mais rectos e justos, evidenciando as ancas e o formato das nádegas, e podiam ser acompanhados de uma pequena capa, ou bolero.
Foi nesta década que a moda se associou ao desporto, ao ar livre e à praia. Os estilistas começaram a interessar-se pela moda-praia e pela moda desportiva. Como resultado, passaram a usar-se saias curtas na prática do ténis, os saiotes de praia diminuiram e as cavas aumentaram.

Modelos usados na década de 30


No final dos anos 30, sob a influencia da Segunda Guerra Mundial (inciada em 1939), as roupas apresentavam uma linha militar. As saias, por exemplo, usavam-se agora com uma abertura lateral que ia até abaixo do joelho, para facilitar o uso da bicicleta. 
 
As mulheres altas, magras e com físico desportivo eram mais admiradas e procuradas pelos estilistas, que procuravam acentuar tais atributos. Greta Garbo (ao lado) era o modelo de beleza da época, devido ao seu visual sofisticado, com sombracelhas e pálpebras marcadas a lápis e pó-de-arroz de tom claro, cujo uso de popularizou no universo feminino.


O uso dos óculos-de-sol tornou-se moda nesta década e eram sobretudo usados por celebridades.

Com a Grande Depressão, as roupas passaram a ser cortadas sobre moldes e difundiu-se o uso de tecidos sintéticos (mais baratos), tudo com o objectivo de reduzir o preço final. Tal fazia com que mulheres de diferentes classes sociais usassem roupas bastante semelhantes. Ferragamo, por exemplo, usava materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e alguns materiais sintéticos. Materiais como a baquelita (plástico maleável), tornaram possível o fabrico de jóias de bijouteria, inspiradas em temas do momento. O algodão e a caxemira passaram a ser usados em vestidos de noite.


Surgiu, em meados desta década , uma onda de romantismo, principalmente para os trajes nocturnos. A saia era agora mais curta e franzida no estilo camponês. Houve até tentativas ressuscitar o uso do espartilho.

Com a Segunda Guerra Mundial, muitos estilistas acabariam por fechar as suas maions, mudando-se de França para outros países. Tal revolucionou a forma de vestir e o comportamento de toda uma época.

 Vestidos de noite, salientando os decotes profundos nas costas

 Vogue - Edição de Junho de 1934


Não percam o próximo artigo: A moda na década de 1940! 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A moda na década de 1920

 Na década de 1920, a Inglaterra era a maior potência industrial e económica do mundo, prosperidade essa que caiu drásticamente com o Crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em Outubro de 1929; a Europa sofria as consequências do pós-guerra, possibilitando a ascensão de ditadores como Hitler, Mussolini e Salazar; nasce a personagem Popeye, em 1929.


É nesta época, conhecida por Loucos Anos 20,  que é revolucionado o conceito de moda feminina; é a era Moderna da moda. A silhueta dos anos 20 era tubular. As saias tornaram-se mais curtas, cobrindo apenas os joelhos. Tal gerou controvérsia por parte das pessoas mais conservadoras, que condenavam o uso de saias tão curtas em público. Surgiu um novo ideal de sensualidade feminina, segundo o qual a atenção estava voltada unicamente para os tornozelos, menosprezando as curvas, os seios e as ancas (estes três últimos que deviam ter pequenas dimensões) - o look Andrógino. Este novo look também incluía os cabelos curtos e lisos (la garçonne), os quais eram adornados por um pequeno chapéu de uso indispensável e conhecido por cloche. Este foi o look supremo da década de 20. Os vestidos usados eram curtos, leves, elegantes e mostravam os braços e as costas. Na maquilhagem, a tendência era o baton, a boca vermelha, em forma de coração, olhos fortemente maquilhados, sobrancelhas completamente depiladas e substituídas por um risco pintado a lápis e a pele branca.


Com o Crash da Bolsa, em 1929, a moda francesa entrou em decadência, sendo substituída por criações de estilistas como Madeleine Vionnet (1876-1975), Madame Paquim (1869-1936) e, claro, Coco Channel (1883-1971), sendo esta última a mais marcante. Com o aparecimento de Elza Schiaparelli (1890-1973), foram introduzidas roupas de qualidade para a classe trabalhadora.
No final da década de 20, as saias passaram a usar-se mais longas e a cintura voltou ao seu lugar.


Moda nos anos 20

Vogue - Edição de Julho de 1922


Próximo artigo: A moda na década de 1930. Não percam! 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A moda na década de 1910

Nesta época ocorreu a I Guerra Mundial, iniciou-se a Revolução Russa (que instituiria o regime comunista no país) e deu-se o naufrágio do navio Titanic em Abril de 1912. Foi também nessa época que foi popularizado o uso do rádio como mass media e do automóvel como meio de transporte; em Portugal, deu-se a Implantação da República em Outubro de 1910.

A década de 10 marcava um tempo de luxo e de sofisticação. Nos primeiros anos desta década, a moda feminina exibia influências orientais; as roupas apresentavam cores fortes, o corpete foi substituído pelo uso de drapeados suaves, as saias tornaram-se afuniladas, os chapéus eram tanto maiores quanto mais afuniladas as saias e o adorno preferido eram os botões.
Por volta de 1913, surgiram as golas mais altas, que substituíram os decotes profundos, em "V".
Com o início da Primeira Guerra Mundial, os chapéus tornaram-se pequenos e ajustados à cabeça com penas erectas, introduziu-se o vestido "padrão nacional" com fivelas de metal. Em 1919, a saia justa é substituída por uma saia tubular e longa. Havia uma tendência para abafar o busto e minimizar a cintura, começando esta a ser demarcada em torno do quadril. Em termos de cores, as mais escuras eram preferidas, salientando-se a cor preta.
Em 1916, Coco Channel apresentou ao mundo os tailleurs de jérsei, consagrando-se nesta área e centrando-se a partir de agora unicamente em aperfeiçoar e dar à roupa um estilo próprio.

Grandes Armazéns do Chiado No. 21, Catálogo de Novidades Inverno de 1910 - 4

Moda 1914 
 
Vogue - Edição 1919

Próximo artigo: A moda na década de 1920 

A moda na década de 1900

Caras leitoras do blogue, inicio hoje a sequência de postagens que resumem a moda, década a década, do século XX, tendo em conta, claro, as transformações sociais de cada época.

A DÉCADA DE 1900 E A MODA
Foi nesta década que os ramos da aviação e do automóvel tiveram grandes desenvolvimentos; surgiu o conceito de ARTE MODERNA, com os movimentos culturais Pós-Romantismo; em Portugal, ocorreram movimentos revolucionários que conduziriam posteriormente à implantação da República, nomeadamente o Regicídio de D. Carlos I e do príncipe Luis Filipe.
Com tantas mudanças a ocorrerem um pouco por todo o mundo, o início do século XX marcou também a mudança de estilos no vestuário. Após um período de estilo Vitoriano (predominante no século XIX), é com a sucessão ao trono de Inglaterra que a forma de vestir é modificada, de acordo com o gosto do novo rei Edward. A Era Edwardiana (também conhecida como La Belle Epoque) tinha como características principais a extravagância e a ostentação. Assim, até cerca de 1908, predominava o uso de espartilhos, saias em forma de sino, uso de rendas em decotes, usavam-se cores tais como o rosa-pastel, o preto e o azul-malva (sendo o seu uso associado à riqueza e ao poder), tecidos ricos como o chifon, a musseline e o tule, os cabelos eram presos no cimo da cabeça e chapéus; de dia, o corpo era completamente tapado, mas de noite os vestidos apresentavam grandes decotes, aos quais se somava a presença de plumas nos chapéus e em volta do pescoço. Até esse ano, eram bastante visíveis as influências da rainha Vitória na moda.


Mulheres Vitorianas


Próximo artigo: A moda na década de 1910.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A moda no século XX

Olá meninas!

As roupas não são só roupas: elas caracterizam épocas e marcam as mudanças sociais e económicas de cada época. Nos próximos dias irei publicar vários textos sobre a moda, década a década e falar sobre o que esta reflectiu sobre a época em questão.


Fiquem bem :)
Vânia

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Novo layout

O "Canto da Vânia", tem um novo layout. Que acharam da mudança?  Preferem o "Antes" ou o "Depois" ?

Em breve, farei novos posts.

Até lá...
Vânia

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Isto não é uma homenagem.

No passado dia 23 de Julho, eram duas as notícias que povoavam os televisores do mundo inteiro: o massacre na Noruega e a morte da cantora Amy Winehouse. Ambas as notícias eram relativas à morte prematura de pessoas jovens, mas por diferentes motivos.
Em Oslo, o assassino Anders Breivik parecia querer, na minha opinião, mergulhar o mundo num novo holocausto; dezenas de jovens inocentes acabaram por perder a vida às mãos de um homem que chocou o mundo pela sua falta de respeito pela vida humana. Dezenas de jovens faleceram por questões meramente políticas; as suas vozes foram-lhes silenciadas.
A outra notícia, respeitante à morte de Amy Winehouse, por outro lado, não era tão inesperada assim. Há muito que a cantora exibia sinais que tal podia acontecer: a controvérsa vida da cantora era preenchida com "notícias" sobre a sua dependência excessiva de drogas e álcool (perceptível muitas vezes durante os próprios concertos), a anorexia e os problemas com o ex-marido.
Desde a sua morte, foram mostradas inagens do "antes" e do "depois" do alcançar da fama de Amy Winehouse; mostrado vezes e vezes sem conta o efeito que os seus vícios e dependências tiveram, sendo a diferença abismal. A sua grande voz (um das melhores dos últimos anos) era muitas vezes relegada para segundo plano pelos seus comportamentos de risco, noticiados pelos tablóides.
Uma desgraça e uma grande perda para a música mundial.Enquanto oiço "Back to Black", não consigo deixar de pensar que Amy estav presa num circulo auto-destrutivo do qual não se conseguia libertar mais. Embora a causa de morte não tenha sido determinada (ou divulgada), no fundo, Amy foi vítima de si própria; foi Amy que silenciou a sua própria voz.

Ainda assim, não faço uma homenagem a estas vítimas. Acredito que homenagens se devem fazer em vida, e não depois da morte. Para mim, estas mortes só terão significado se as vidas perdidas servirem de exemplo a outros, para que nunca mais aconteçam, para que nunca mais ninguém tenha que sofrer pelos mesmos motivos, às suas próprias mãos ou às mãos de outrem. Por essa razão ISTO NÃO É UMA HOMENAGEM, é sim um sentimento de solidariedade para todos aqueles que perderam entes queridos em situações semelhantes e um desejo de esperança de que melhores dias virão.

(não possuo quaisquer direitos sobre o vídeo ou música; está aqui apenas como uma forma de relembrar a contribuição musical da cantora Amy Winehouse)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Andreia 84 - Cinza

Aqui estou eu para postar a revisão de um verniz.

Comprei no outro dia o verniz Andreia 84, de cor cinza e devo dizer que estou um bocadinho desiludida. Comprei esta cor porque tinha visto na televisão e tinha adorado; ficava muito bem nas unhas e apresentava-se opaco, e por isso a expectativa era alta.
Mas quando comecei a pintar, percebi que o verniz não era de todo como eu imaginava: com uma camada, ficava quase transparente na unha; quando terminei a segunda camada, a cor não era muito perceptível (embora o facto de eu ter uma tez de pele bastante clara possa ter contribuído para isso). Tive então a necessidade de passar uma terceira camada, o que para mim foi ridículo. Se é necessária uma terceira camada, o problema é do verniz e não da minha tez de pele.

Fiquei desiludida!

Só ao fim dessa última camada de verniz é que a cor se revelou: trata-se de um cinza claro, com brilho discreto, não metálico e que deixa transparecer a porção branca da unha.

Como eu até gosto desse último pormenor, acho que consigo perdoar a camada de verniz extra necessária a aplicar.
Aqui vai uma foto do verniz em questão (lamento que não dê para ver facilmente a cor). Infelizmente não postei aqui uma foto das minhas unhas umas vez que estão manchadas de um outro verniz que usei durante mais tempo do que devia, e que este verniz deixa transparecer levemente.