Agora que já escrevi o post sobre a minha vivência profissional dos últimos 8 meses, vamos ao que interessa: a parte social da cena!
Pois bem, o início do meu estágio ficou caracterizado por uma fase muito interessante na minha vida.
Mais longe de Lisboa e mais perto de casa, e apesar da tese e das responsabilidades do estágio, fiquei com um bocadinho mais de tempo livre. Com uma mudança tão extrema, sentia-me presa e, para sobreviver, senti necessidade de sair mais e de ter uma vida social mais presente e mais distanciada da minha vida profissional. Bastou uma semana para ligar em lágrimas a umas amigas e a dizer que Precisava mesmo mesmo de sair de casa!! e que Estava a enlouquecer! muito porque sentia a falta de um grupo de apoio próximo, de pessoas à minha volta na mesma situação que eu.
E assim foi que se formou uma rotina, em que todas as sextas-feiras seguíamos para um café e esquecíamos os dramas dos cursos, estágios e locais de trabalho.
Juntamente com todo este novo panorama, fiquei com a impressão de que era a última coca-cola do deserto com não um, não dois, mas TRÊS convites para sair, propostos no mesmo dia. Acabei por não sair com nenhum, devido a questões que acabaram por se desenvolver nos tempos seguintes, opção de que não me arrependo. Restaram os senhores de idade mais avançada que, ocasionalmente ao balcão me convidavam a sair e me teciam elogios, situações que eu considerava sempre muito curiosas uma vez que, pelos vistos, tal comportamento era normal (ai o público...!!!)
Hoje ainda fujo na rua do senhor que eu carinhosamente apelido de Capitão Iglo (pelas semelhanças físicas com o sr. que interpreta a personagem no anúncio televisivo) que exercitava as suas técnicas de sedução com TODAS as farmacêuticas e técnicas e que gritava a alto e a bom som (para meu constrangimento e das pessoas que eu estivesse a atender) que eu tinha uma boca linda!
No meio de toda a esta solidão, tenho a dizer que uma vez ou outra terei sido mais simpática com algum utente masculino da minha idade que tenha passado por lá, mas sempre sem passar das marcas (uma pessoa não é de ferro!!).
Foi basicamente isto, sem férias, sem praia, sem verão... Só trabalho. E com um estágio profissional de 12 meses, prevê-se o mesmo. Bem, teremos sempre as sextas-feiras à noite, ou os sábados, ou o que calhar e já sabem: qualquer dúvida, perguntem à vossa farmacêutica aqui deste lado!
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terça-feira, 14 de outubro de 2014
Voltei, voltei!!
Olá!
Para os interessados, não, não passei os últimos seis meses a viajar pelo mundo. Infelizmente, porque isso tornaria este post num texto bem mais interessante do que vai ser. Na realidade, passei os últimos 6 meses a estagiar e sou, desde o passado dia 6, finalmente Mestre em Ciências Farmacêuticas.
Quando comecei a escrever este texto, faltavam cerca de 38 horas para a minha defesa da tese, e os meus níveis de stress eram altíssimos. Uma apresentação de 20 minutos (no máx.), mais todo um interrogatório sobre a mesma e sobre o meu estágio em farmácia comunitária. Foi uma hora muito intensa, que começou com um atraso de meia hora. Calcei as sandálias de salto, vestida a rigor para o evento e, juntamente com duas amigas daqui e mais uns quantos de lá, lá fui eu enfrentar a mui temida defesa. Passou a correr, e foram precisos alguns dias para me cair a ficha de que o percurso de 5 anos que, a bem dizer, foram 17, já tinha terminado.
A experiência de atendimento ao público foi, como todos os que contactam diariamente com pessoas, PECULIAR. Encontrei de tudo! Pessoas mal-dispostas, mal-criadas, que, vendo-me com idade para ser sua filha, me davam sermões, etc. Essas pessoas tornavam os meus dias muito maus... e logo eu, que estava ali apenas para os ajudar. O que aliviava todo este meu stress eram as pessoas boas. Aquelas pessoas, na maioria idosos, que, vendo-me como sua neta, compreendiam o meu drama de estagiária, a minha dificuldade em fazer tudo depressa e as minhas dúvidas, e que eram fofinhas o suficiente para me dizerem que não havia problema se o atendimento demorasse mais uns minutinhos. Essas pessoas eram as mesmas que viam além das minhas dúvidas e das inseguranças que eu tentava esconder, e que se mostravam receptivas ao meu aconselhamento e às minhas recomendações. Eles viam-me como sua neta, e eu a eles como meus avós e, à semelhança do que faço com os meus, tentava ajudá-los a melhorar a sua qualidade de vida, assim como me mostrava disponível para esclarecer quaisquer dúvidas.
Alguns queriam apenas ser ouvidos - triste como muita gente vive sozinha e completamente isolada de contacto humano. E dessa forma, uma simples análise ao colesterol ou uma dispensa de um ben-u-ron serviam de pretexto para um desabafo. Sentia que os ajudava mais ao ouvi-los do que propriamente a minorar-lhes os sintomas físicos. Daqueles que mais me lembro, conta-se um senhor que dizia sempre que eu era muito bonita (a mim e a todas ahahhaha mas era querido na mesma!), uma senhora que vinha sempre ter comigo e que trazia sempre imensas dúvidas e um casal que me perguntava sempre se o estágio estava a correr bem, se estava a ser bem tratada, etc. Uns queridos que hei-de trazer sempre comigo e aos quais nunca poderei agradecer suficientemente a preocupação.
Seguiu-se a procura de emprego. Não foi fácil, de todo. Percorri todas as farmácias daqui a pé a entregar CVs. Consegui duas entrevistas para estágios profissionais que correram bem, apesar de não serem exactamente aquilo que eu desejava. Sei que a situação está complicada, mas eu não desisto. Aceitei um dos estágios, aquele que me pareceu melhor, mas continuo à procura, continuo a mandar currículos, porque sei que não posso desistir. Não posso mesmo, porque eu mereço melhor. Porque estudei toda a vida para ter uma vida melhor e sei que nem que tenha de ir para longe de casa o irei conseguir. Porque a garra que sempre me acompanhou não desapareceu, nem de perto nem de longe!
Para os interessados, não, não passei os últimos seis meses a viajar pelo mundo. Infelizmente, porque isso tornaria este post num texto bem mais interessante do que vai ser. Na realidade, passei os últimos 6 meses a estagiar e sou, desde o passado dia 6, finalmente Mestre em Ciências Farmacêuticas.
Quando comecei a escrever este texto, faltavam cerca de 38 horas para a minha defesa da tese, e os meus níveis de stress eram altíssimos. Uma apresentação de 20 minutos (no máx.), mais todo um interrogatório sobre a mesma e sobre o meu estágio em farmácia comunitária. Foi uma hora muito intensa, que começou com um atraso de meia hora. Calcei as sandálias de salto, vestida a rigor para o evento e, juntamente com duas amigas daqui e mais uns quantos de lá, lá fui eu enfrentar a mui temida defesa. Passou a correr, e foram precisos alguns dias para me cair a ficha de que o percurso de 5 anos que, a bem dizer, foram 17, já tinha terminado.
A experiência de atendimento ao público foi, como todos os que contactam diariamente com pessoas, PECULIAR. Encontrei de tudo! Pessoas mal-dispostas, mal-criadas, que, vendo-me com idade para ser sua filha, me davam sermões, etc. Essas pessoas tornavam os meus dias muito maus... e logo eu, que estava ali apenas para os ajudar. O que aliviava todo este meu stress eram as pessoas boas. Aquelas pessoas, na maioria idosos, que, vendo-me como sua neta, compreendiam o meu drama de estagiária, a minha dificuldade em fazer tudo depressa e as minhas dúvidas, e que eram fofinhas o suficiente para me dizerem que não havia problema se o atendimento demorasse mais uns minutinhos. Essas pessoas eram as mesmas que viam além das minhas dúvidas e das inseguranças que eu tentava esconder, e que se mostravam receptivas ao meu aconselhamento e às minhas recomendações. Eles viam-me como sua neta, e eu a eles como meus avós e, à semelhança do que faço com os meus, tentava ajudá-los a melhorar a sua qualidade de vida, assim como me mostrava disponível para esclarecer quaisquer dúvidas.
Alguns queriam apenas ser ouvidos - triste como muita gente vive sozinha e completamente isolada de contacto humano. E dessa forma, uma simples análise ao colesterol ou uma dispensa de um ben-u-ron serviam de pretexto para um desabafo. Sentia que os ajudava mais ao ouvi-los do que propriamente a minorar-lhes os sintomas físicos. Daqueles que mais me lembro, conta-se um senhor que dizia sempre que eu era muito bonita (a mim e a todas ahahhaha mas era querido na mesma!), uma senhora que vinha sempre ter comigo e que trazia sempre imensas dúvidas e um casal que me perguntava sempre se o estágio estava a correr bem, se estava a ser bem tratada, etc. Uns queridos que hei-de trazer sempre comigo e aos quais nunca poderei agradecer suficientemente a preocupação.
Seguiu-se a procura de emprego. Não foi fácil, de todo. Percorri todas as farmácias daqui a pé a entregar CVs. Consegui duas entrevistas para estágios profissionais que correram bem, apesar de não serem exactamente aquilo que eu desejava. Sei que a situação está complicada, mas eu não desisto. Aceitei um dos estágios, aquele que me pareceu melhor, mas continuo à procura, continuo a mandar currículos, porque sei que não posso desistir. Não posso mesmo, porque eu mereço melhor. Porque estudei toda a vida para ter uma vida melhor e sei que nem que tenha de ir para longe de casa o irei conseguir. Porque a garra que sempre me acompanhou não desapareceu, nem de perto nem de longe!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Nervos 1 - Compras 0
Hoje tentei fazer umas compras na baixa com o meu irmão. Resultado? Péssimo!
Não queria entrar em loja A, B, C e D; não queria estar nem na rua, nem na escola; queria ir para o carro e ficar lá... só, ou ir para casa, para depois ir para a escola que fica na baixa...!
Conclusão: só consegui comprar comida para o pássaro!
BAAAAAHHHH....!
Não queria entrar em loja A, B, C e D; não queria estar nem na rua, nem na escola; queria ir para o carro e ficar lá... só, ou ir para casa, para depois ir para a escola que fica na baixa...!
Conclusão: só consegui comprar comida para o pássaro!
BAAAAAHHHH....!
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Hoje, nem com Mokambo...!
É dia de greve geral. Acordei cedo para ir para Lisboa; fazia intenção de ir de FERTAGUS, porque eles nunca fazem greve e, claro, não apanham trânsito. A Rádio Comercial, no carro, avisava que as filas para a ponte 25 de Abril começavam já no Fogueteiro, perfazendo um total de 14km de pára-arranca, pelo que ir de carro estava fora de questão. Em Lisboa, a situação era a mesma: tudo condicionado. Chego à estação e os validadores de bilhetes e passes e as máquina de venda de bilhetes FERTAGUS foram vandalizadas (mas não as da CP). Subo à plataforma e há um aviso: comboios, só mesmo até Coina, que há um rpoblema eléctrico na linha algures entre COINA e o PRAGAL.
Em dia de aula de esclarecimento de dúvidas de Farmacocinética acordei cedo, só para voltar para casa pouco depois...!
Karma is a bitch, e com isto vos deixo também o que eu gostava de dizer a todos os que me obrigaram a ficar em casa (embora entenda que a greve é um direito, continuo no meu direito de ficar revoltada com a situação).
sábado, 18 de agosto de 2012
A maldição do Kolmi
Há já uns dias que ando a ser bombardeada por kolmis de um mesmo número. Não estou para gastar do meu saldo para descobrir quem está a gozar comigo, mas já parava! É o problema dos kolmis: são grátis, não são personalizáveis, mas conseguem chatear alguém muito depressa... isto do anonimato é tramado.
Vá!! Pára lá de mandar kolmis!!
Vá!! Pára lá de mandar kolmis!!
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Ó imaginação...!
Onde andas tu?
Juro que há dias em que tenho imenso para escrever, e outros em que não me ocorre mesmo nada.
Deve ser, em parte, por causa do próximo aumento dos combustíveis... não tarda, deixo ainda mais fervorosamente de andar de carro! Que roubalheira da parte das gasolineiras, e que falta de criatividade da minha parte...!
Juro que há dias em que tenho imenso para escrever, e outros em que não me ocorre mesmo nada.
Deve ser, em parte, por causa do próximo aumento dos combustíveis... não tarda, deixo ainda mais fervorosamente de andar de carro! Que roubalheira da parte das gasolineiras, e que falta de criatividade da minha parte...!
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Parto complicado
É um parto complicado, com o bebé a ser retirado a ferros. Já vai com atraso, porque já devia ter ocorrido algures na semana passada, certas coisas demoram tempo, sim quanto mais, pior! E depois, vai-se a ver, e nem é nada de jeito.
Antes de começarem a ficar preocupadas com a criança, tenho que explicar que o bebé em questão se trata da minha nota de Tecnologia Farmacêutica I, que já devia ter saído na 5ª feira passada mas que, até agora nem sinal dela. Já comecei a estudar, mas com pouca vontade, para um recurso ao qual nem sei ainda se vou..
Se hoje não sair, a Vânia será uma pessoa muito muito muito chateada. Só a mixórdia de temáticas da rádio comercial me alivia o stress.. veremos até quando!
Antes de começarem a ficar preocupadas com a criança, tenho que explicar que o bebé em questão se trata da minha nota de Tecnologia Farmacêutica I, que já devia ter saído na 5ª feira passada mas que, até agora nem sinal dela. Já comecei a estudar, mas com pouca vontade, para um recurso ao qual nem sei ainda se vou..
Se hoje não sair, a Vânia será uma pessoa muito muito muito chateada. Só a mixórdia de temáticas da rádio comercial me alivia o stress.. veremos até quando!
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