sábado, 9 de novembro de 2013

Ideais de criança


[Ainda me estou a rir com isto!] Quem é que quando era pequeno nunca olhou para os adultos (por mais jovens que fossem) e pensasse que estes fosse já bastante "crescidos" e, no fundo, adultos? Eu, sem dúvida, pensei nisso imensas vezes. E mais: fui daquelas pessoas que olhava para os pais/avós/ outros familiares mais velhos e pensava que eles já tinham nascido assim, sem nunca terem passado por situações semelhantes àquelas por que eu passava.

Acho que esta publicação devia chamar-se "Mais um melodrama de finalista", ou pelo menos ter uma etiqueta do género (acho que a vou criar!), para que vocês pudessem ignorar a nostalgia em massa que já se instala. Eu sempre pensei que os estudantes universitários fossem jovens adultos maduros, porque olhava para eles como pessoas mais velhas e responsáveis.. Big BIG HUGE mistake! Quer dizer, sem querer generalizar, acho que somos todos umas crianças grandes. Somos umas crianças grandes ao ponto de, com 22 anos ainda lutarmos por um lugar num pouff, crianças grandes a ponto de jogarmos a coisas como strip matrecos (em público, apesar de que sem quaisquer indecências - ainda temos alguma dignidade a preservar), crianças grandes que continuam a ver o mundo com os mesmos olhos com que entraram na faculdade, com 18 anos recém celebrados, crianças grandes que ainda sentem receio do "mundo dos adultos" apesar de caminharmos para lá a passos largos,... . Se calhar é disso mesmo que gosto mais no meu grupo de amigos: o facto de ainda preservarmos um pouco da criancice e de não nos deixarmos levar completamente pelas responsabilidades da faculdade e pela seriedade dos projectos que nos conduzirão à vida adulta; gosto especialmente da rapidez com que alternamos assuntos como a iminência de alguns de nós se casarem/terem filhos com o nonsense verbal, com jogos parvinhos, com pijamas da Primark de corpo inteiro de vacas/gatos/renas ou com guizos de natal.

Portanto, crianças deste mundo: os estudantes universitários representam o melhor de dois mundos, porque equilibram sentido de responsabilidade com festas, parvoíce e nonsense em geral. Os adultos não são sérios e aborrecidos como pensam; os adultos preservam sempre um bocadinho do que é ser adolescente e do que é ser criança, mesmo depois de casarem e terem filhos, e é isso que torna a vida especial!