quinta-feira, 16 de outubro de 2014

1st World Problems

Eu preciso de dinheiro, por isso aceitei um estágio profissional (que, enfim....! Foi o que se arranjou); para isso preciso do certificado; o certificado demora tempo a ser passado; sem certificado não há emprego; sem carro próprio não há emprego; sem dinheiro não há carro próprio. Preciso de dinheiro.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Trabalhar e tal que é bom, mas e vida social?

Agora que já escrevi o post sobre a minha vivência profissional dos últimos 8 meses, vamos ao que interessa: a parte social da cena!

Pois bem, o início do meu estágio ficou caracterizado por uma fase muito interessante na minha vida.

Mais longe de Lisboa e mais perto de casa, e apesar da tese e das responsabilidades do estágio, fiquei com um bocadinho mais de tempo livre. Com uma mudança tão extrema, sentia-me presa e, para sobreviver, senti necessidade de sair mais e de ter uma vida social mais presente e mais distanciada da minha vida profissional. Bastou uma semana para ligar em lágrimas a umas amigas e a dizer que Precisava mesmo mesmo de sair de casa!! e que Estava a enlouquecer! muito porque sentia a falta de um grupo de apoio próximo, de pessoas à minha volta na mesma situação que eu.
E assim foi que se formou uma rotina, em que todas as sextas-feiras seguíamos para um café e esquecíamos os dramas dos cursos, estágios e locais de trabalho.

Juntamente com todo este novo panorama, fiquei com a impressão de que era a última coca-cola do deserto com não um, não dois, mas TRÊS convites para sair, propostos no mesmo dia. Acabei por não sair com nenhum, devido a questões que acabaram por se desenvolver nos tempos seguintes, opção de que não me arrependo. Restaram os senhores de idade mais avançada que, ocasionalmente ao balcão me convidavam a sair e me teciam elogios, situações que eu considerava sempre muito curiosas uma vez que, pelos vistos, tal comportamento era normal (ai o público...!!!)

Hoje ainda fujo na rua do senhor que eu carinhosamente apelido de Capitão Iglo (pelas semelhanças físicas com o sr. que interpreta a personagem no anúncio televisivo) que exercitava as suas técnicas de sedução com TODAS as farmacêuticas e técnicas e que gritava a alto e a bom som (para meu constrangimento e das pessoas que eu estivesse a atender) que eu tinha uma boca linda!

No meio de toda a esta solidão, tenho a dizer que uma vez ou outra terei sido mais simpática com algum utente masculino da minha idade que tenha passado por lá, mas sempre sem passar das marcas (uma pessoa não é de ferro!!).

Foi basicamente isto, sem férias, sem praia, sem verão... Só trabalho. E com um estágio profissional de 12 meses, prevê-se o mesmo. Bem, teremos sempre as sextas-feiras à noite, ou os sábados, ou o que calhar e já sabem: qualquer dúvida, perguntem à vossa farmacêutica aqui deste lado!

Voltei, voltei!!

Olá!

Para os interessados, não, não passei os últimos seis meses a viajar pelo mundo. Infelizmente, porque isso tornaria este post num texto bem mais interessante do que vai ser. Na realidade, passei os últimos 6 meses a estagiar e sou, desde o passado dia 6, finalmente Mestre em Ciências Farmacêuticas.


Quando comecei a escrever este texto, faltavam cerca de 38 horas para a minha defesa da tese, e os meus níveis de stress eram altíssimos. Uma apresentação de 20 minutos (no máx.), mais todo um interrogatório sobre a mesma e sobre o meu estágio em farmácia comunitária. Foi uma hora muito intensa, que começou com um atraso de meia hora. Calcei as sandálias de salto, vestida a rigor para o evento e, juntamente com duas amigas daqui e mais uns quantos de lá, lá fui eu enfrentar a mui temida defesa. Passou a correr, e foram precisos alguns dias para me cair a ficha de que o percurso de 5 anos que, a bem dizer, foram 17, já tinha terminado.


A experiência de atendimento ao público foi, como todos os que contactam diariamente com pessoas, PECULIAR. Encontrei de tudo! Pessoas mal-dispostas, mal-criadas, que, vendo-me com idade para ser sua filha, me davam sermões, etc. Essas pessoas tornavam os meus dias muito maus... e logo eu, que estava ali apenas para os ajudar. O que aliviava todo este meu stress eram as pessoas boas. Aquelas pessoas, na maioria idosos, que, vendo-me como sua neta, compreendiam o meu drama de estagiária, a minha dificuldade em fazer tudo depressa e as minhas dúvidas, e que eram fofinhas o suficiente para me dizerem que não havia problema se o atendimento demorasse mais uns minutinhos. Essas pessoas eram as mesmas que viam além das minhas dúvidas e das inseguranças que eu tentava esconder, e que se mostravam receptivas ao meu aconselhamento e às minhas recomendações. Eles viam-me como sua neta, e eu a eles como meus avós e, à semelhança do que faço com os meus, tentava ajudá-los a melhorar a sua qualidade de vida, assim como me mostrava disponível para esclarecer quaisquer dúvidas.

Alguns queriam apenas ser ouvidos - triste como muita gente vive sozinha e completamente isolada de contacto humano. E dessa forma, uma simples análise ao colesterol ou uma dispensa de um ben-u-ron serviam de pretexto para um desabafo. Sentia que os ajudava mais ao ouvi-los do que propriamente a minorar-lhes os sintomas físicos. Daqueles que mais me lembro, conta-se um senhor que dizia sempre que eu era muito bonita (a mim e a todas ahahhaha mas era querido na mesma!), uma senhora que vinha sempre ter comigo e que trazia sempre imensas dúvidas e um casal que me perguntava sempre se o estágio estava a correr bem, se estava a ser bem tratada, etc. Uns queridos que hei-de trazer sempre comigo e aos quais nunca poderei agradecer suficientemente a preocupação.


Seguiu-se a procura de emprego. Não foi fácil, de todo. Percorri todas as farmácias daqui a pé a entregar CVs. Consegui duas entrevistas para estágios profissionais que correram bem, apesar de não serem exactamente aquilo que eu desejava. Sei que a situação está complicada, mas eu não desisto. Aceitei um dos estágios, aquele que me pareceu melhor, mas continuo à procura, continuo a mandar currículos, porque sei que não posso desistir. Não posso mesmo, porque eu mereço melhor. Porque estudei toda a vida para ter uma vida melhor e sei que nem que tenha de ir para longe de casa o irei conseguir. Porque a garra que sempre me acompanhou não desapareceu, nem de perto nem de longe!


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Sou anti-dia dos namorados, tá?

Primeiro que tudo, tenho imensa pena de nunca mais ter escrito nada, mas entre a última época de exames e a escolha dos estágios e da monografia não me sobrou muito tempo nem muita criatividade.

E agora, ao que me trouxe aqui. O terror dos solteiros, a diabetes visual: o Dia dos Namorados. Como "solteira e boa rapariga" que sou, acabei por passar o dia com umas amigas e a visitar o meu local de estágio. Mas depois, quando cheguei a casa, deprimi... .



Portanto, moçoilos deste mundo, fica aí a dica e façam-me fã do Dia dos Namorado: não sou um travesti e faço um bolo de chocolate de comer e chorar por mais - Sou um partidão, vá, mi liga vai!!!!


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal!!

Um Feliz Natal a todos os meus leitores! Desejo-vos um muito bom Natal, na companhia dos que mais amam e com uma mesa farta e uma árvore o mais recheada possível de presentes.



Beijinho :)
Vânia

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Viagem de fim de curso - help!

Olá meninas! Desculpem a ausência, mas ser finalista tem destas coisas.

Queria saber: alguém sabe de sítios porreiros e em conta (que não sejam Hostels) ou de sites de alojamento em Paris, França??~


sábado, 9 de novembro de 2013

Ideais de criança


[Ainda me estou a rir com isto!] Quem é que quando era pequeno nunca olhou para os adultos (por mais jovens que fossem) e pensasse que estes fosse já bastante "crescidos" e, no fundo, adultos? Eu, sem dúvida, pensei nisso imensas vezes. E mais: fui daquelas pessoas que olhava para os pais/avós/ outros familiares mais velhos e pensava que eles já tinham nascido assim, sem nunca terem passado por situações semelhantes àquelas por que eu passava.

Acho que esta publicação devia chamar-se "Mais um melodrama de finalista", ou pelo menos ter uma etiqueta do género (acho que a vou criar!), para que vocês pudessem ignorar a nostalgia em massa que já se instala. Eu sempre pensei que os estudantes universitários fossem jovens adultos maduros, porque olhava para eles como pessoas mais velhas e responsáveis.. Big BIG HUGE mistake! Quer dizer, sem querer generalizar, acho que somos todos umas crianças grandes. Somos umas crianças grandes ao ponto de, com 22 anos ainda lutarmos por um lugar num pouff, crianças grandes a ponto de jogarmos a coisas como strip matrecos (em público, apesar de que sem quaisquer indecências - ainda temos alguma dignidade a preservar), crianças grandes que continuam a ver o mundo com os mesmos olhos com que entraram na faculdade, com 18 anos recém celebrados, crianças grandes que ainda sentem receio do "mundo dos adultos" apesar de caminharmos para lá a passos largos,... . Se calhar é disso mesmo que gosto mais no meu grupo de amigos: o facto de ainda preservarmos um pouco da criancice e de não nos deixarmos levar completamente pelas responsabilidades da faculdade e pela seriedade dos projectos que nos conduzirão à vida adulta; gosto especialmente da rapidez com que alternamos assuntos como a iminência de alguns de nós se casarem/terem filhos com o nonsense verbal, com jogos parvinhos, com pijamas da Primark de corpo inteiro de vacas/gatos/renas ou com guizos de natal.

Portanto, crianças deste mundo: os estudantes universitários representam o melhor de dois mundos, porque equilibram sentido de responsabilidade com festas, parvoíce e nonsense em geral. Os adultos não são sérios e aborrecidos como pensam; os adultos preservam sempre um bocadinho do que é ser adolescente e do que é ser criança, mesmo depois de casarem e terem filhos, e é isso que torna a vida especial!